quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Um preconceito permitido...

A Analice ainda não disse a que veio. Suas conversas e atitudes não me conquistaram, mas ela ainda é uma boa promessa para esse jogo. Por sua aparência e história de vida ela é o elemento diferente dentro de um elenco homogêneo. É gordinha, bissexual, dominatrix, e resiste em deixar que qualquer rótulo desses a definam. Por outro lado tem se mostrado politicamente correta, parece travada e sim, o medo da rejeição está estampado em sua testa.
Sei lá o que o jogo vai revelar sobre a Analice, talvez seja uma grata surpresa, talvez se mostre uma bela plantinha no jardim ou quem sabe se tornará a mala da vez... Só sei que o que ela mostrou até agora não é suficiente para justificar os ataques que tem recebido dentro e fora da casa. Não gostei da conversa entre Daniel e Yuri em que debochavam da menina. É interessante notar que fizeram a mesma coisa com a Paulinha no BBB11, mas com a Analice fazem pelas costas, já que ninguém acredita que ela vai reagir com a mesma passividade da Paula ao ganhar um apelido pejorativo. Aliás, essa é outra coisa que conta pontos a favor da mineira.

A brilhante modelo Leticia Birkheuer também resolveu tirar sarro gratuitamente no Twitter. Afinal que pessoa com Q.I menor que 30 não sabe que se a pessoa é gorda está ali para ser xingada por isso? Não satisfeita ainda, tentou ofender quem resolveu defender Analice :Mas olha..obesidade tem cura viu?e so criar vergonha na cara!” escreveu a gênia..
É, obesidade tem cura. Envolve exercícios, reeducação alimentar, assistência psicológica e se necessário intervenção cirúrgica. Um processo lento, em que a pessoa sofre muito, porque enfrentar qualquer compulsão é muito difícil. E estou falando aqui da obesidade mórbida, essa sim é doença, pois coloca diretamente a vida da pessoa em risco. Já obesidade nível I, II ou sobrepeso aumentam a chance de a pessoa desenvolver alguma doença, assim como os fumantes e as pessoas que se mantém anormalmente magras. Uma pessoa que vive de dieta tem tanta chances de se tornar anoréxica (portanto doente) quanto uma gordinha de desenvolver obesidade mórbida. Portanto quem é gordinha está no mesmíssimo patamar de quem sempre teve um IMC abaixo do normal.

E sabe? Falta de vergonha na cara não tem nada a ver com obesidade. Falta de vergonha na cara é ter todas as chances do mundo e continuar ignorante. Falta de vergonha na cara é chegar ao 30 anos achando que 
aparência é tudo na vida. Falta de vergonha na cara é ser uma pessoa pública e disseminar preconceitos. O peso talvez determine o valor de uma modelo, mas não o de uma pessoa. Não posso deixar de pensar que há algo errado com quem  prefere ser uma boa modelo que uma boa pessoa. 


5 comentários:

Verinha disse...

onde eu assino Mariana...parabéns pelo texto.

alcioni disse...

Parabéns Mariana, estou adorando seus posts!!! Adoraria ter um echo para comentarmos o bbb por aqui!!!

M disse...

Alcioni,Verinha obrigada... :)

Alcioni,o problema é que não sei bem como fazer, meu blog funciona no "básico"... E para ser honesta não sei se teria visitação suficiente para fazer o Echo Girar...

Luana disse...

Mju tb estou adorando os posts. Comentar nesse sistema ñ é dificil, muitos blogs usam.
não vi a Analice sofrer preconceito dentro da casa, mas essa frase da modelo é bem preconceituosa.

bjs

Rosana disse...

Assinando em baixo, eu realmente ñ tinha visto o que a Leticia Birkheuer falou, mas realmente mega preconceituosa, ao meu ver ela acredita que apenas as mulheres com o corpo "perfeitamente magro", são as únicas que podem e devem ser felizes, não restando nada as mais cheinhas.
E acho que ela não sabe que obesidade nem sempre tem a ver com vergonha na cara, envolve muitas outras coisas.
Mas tbm bom senso não é pra todos né Leticia?